quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Passagem Dual

Há tanto que caminho.
Ora lenta, ora ligeira.
Por em plano e ladeira,
Eis meu desalinho...

Hoje me deparei
Com algo diferente na estrada.
Duas trilhas em minha jornada
Pausaram-me quando menos esperei.

Foi, então, que permite a mim
Um calembur me guiar.
Duas sendas a observar
Para a senda do meu fim.

Em uma delas avisto
Tudo o que sempre procurei
Mas eis que a forma como desejei
Se encontra no avesso do antevisto.

Na primeira um rio tranquilo
Porém, misterioso, não desvendado...
Rio por um já navegado
Retraído em seu sigilo.

Em outra vista um flume intenso
Em pleno desbravamento
Que sinto, chama-me a todo momento
Mas irresoluto em um consenso.

Por uns dias vou ficar aqui
Observando essas dualidades.
Esperando que as afinidades
Por um se estreitem para chegar a ti.

Quem sabe até, um dia, sei lá...
Venha do céu ou no vento
Uma saída deste intento
Para, enfim, novamente caminhar.
__________________________________

4 comentários:

  1. Novamente mais um lindo poema :)
    Quando terminei de ler, verifiquei em mim dois pensamentos,talvez querendo trilhar meu caminho, porém não posso, enquanto eu estiver em dois pensamentos, tenho que me ajeitar, esperar e simplesmente observar para que as dúvidas do meu ser, possam se esclarecer e entre dois caminhos não permanecer!

    DESEJO UMA LINDA SEMANA CHEIA DE SORRISOS!

    Abraçãoo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E, talvez, sejam essas dualidades que tornam a vida mais interessante!!!

      Abração para você, também!

      Excluir

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