terça-feira, 30 de outubro de 2012

Resultado da Promoção 2# Outubro de Encantamentos


E aí, galera!
Enfim, encerrada mais uma promoção aqui no Blog.


Antes de anunciarmos o grande ganhador (a), queremos agradecer a todos que participaram... aos seguidores do Poetiza o Amor e aos novos membros que conquistamos. Agradecemos também o carinho todo especial da Mademoiselle Dry, do Blog L'amour pour la vie!, que foi nossa parceira aqui, neste sorteio.

Já estamos preparando a próxima promoção... Aguardem!!

Sem mais delongas, eis o nosso ganhador (a):



Parabéns, Ianne Irene!


Entraremos em contato por e-mail. Caso a ganhadora não se manifestar até a próxima sexta-feira, outro sorteio será realizado.

Para quem não ganhou, não desanime! Aguarde as próximas promoções e participe muuito! :) 



sábado, 27 de outubro de 2012

Resenha #25 Diário da Sibila Rubra (Kizzy Ysatis)

"É a hora das mulheres. Lembra-te disso. Lembra-te sempre. Acredita e não tem medo. Faze o teu que a magia acontece. Enxerga primeiro que depois aparece. Abraça o vento. Arranca a raiz mágica da terra fértil. Límpida será a água em que banharás teu rosto." (p. 256)

Diário da Sibila Rubra - O retorno das bruxas, de Kizzy Ysatis,  é um livro que narra a vida de Elaine, uma descendente das Sibilas Rubras, que está aprendendo os rituais de sua Ordem, a qual está sendo ameaçada por uma força implacável e poderosa. Para proteger as Sibilas e as tradições Elaine se alia ao vampiro Luar, um ser tão poderoso e perigoso, quanto a força ameaçadora.

A princípio, não estava compreendendo os primeiros capítulos. Diário da Sibila Rubra é uma continuação independente de Clube dos Imortais. Não é necessário lê-lo primeiro, mas acredito que, quem tenha o feito antes, se envolveu mais facilmente com o enredo. Vale ressaltar que o designer do livro é magnífico. Capa em alto relevo. Cada início de capítulo traz: uma epígrafe do próprio autor; "Opus um" (dois, etc) mais o nome do capítulo; uma epígrafe de outros escritores (só os melhores!)... 

Elaine é a primeira filha de uma sequência de sete irmãs e um menino, Thomas, seu meio-irmão. Moram em uma ilha, a bruxólica Ilha de Santa Catarina. Como não podem revelar seus poderes místicos, sua mãe, Vivian, as educa aparentemente na fé cristã. Todas aprendem a doutrina tanto Católica, quanto da Ordem das Sibilas.

Segundo a tradição depois da morte da Matriarca das sibilas, só pode haver uma líder. É quase certo que Elaine disputará este "trono" com Dinah. Apesar de serem uma variante de bruxas, Vivan educou suas filhas de forma a nunca se envolverem com magia negra, pois uma vez envolvidas, as consequências devem ser recebidas sem piedade. Porém Dinah não joga limpo. Apela a poderes sombrios para se dar bem.

Elaine nutre um amor platônico por Thomas. Mas não pode revela-lo, pois são meio-irmãos.

"Pensava em amores impossíveis. Pensava em toques. Toques que incendeiam ao mais leve resvalo. Queria toca-lo. Tanto e tanto... Num leve movimento, eu  tocaria com carinho. Com o dedo. O meu dedo no dedo dele. Bem de leve. Ah, que coisa boa. Já estou até sentindo sem ainda tocar. A mão no banco, a centímetros da minha. A pele macia (bem de leve). Eu suspirava e tremia. Mexi o dedo. Não o bastante. Aguenta menina. O coração já quer escapar pela boca. Quase lá, só um centímetro. Cuidado. Tinha de parecer que foi sem intenção. 
- Vamos, meninas - Vivian chamou. 
Fingi não ouvir.
- Thomas, coloca as meninas na carroça. Vamos para casa.
Droga. Não deu. Quem sabe outro dia..." (p. 62-63)

Várias passagens emocionantes circundam a obra.
Vale destacar a presença de uma figura história: Álvares de Azevedo. Participa, na qualidade de poeta, também como um personagem  de relevante importância.
Muitas revelações nas páginas do livro...
Elaine tem que lutar para conseguir seu direito de matriarca Sibila.

Uma característica importante: a Sibila matriarca recebe, em determinado momento de sua vida, de repente, uma marca. Seus cabelos ficam tingidos de vermelho, de um vermelho intenso, de uma hora para a outra.

"Não são todas as filhas que ascendem. Quando raro aparecem duas ruivas, o poder da matriarca, passado por herança, fica dividido. Nesse caso a primogênita deverá ser desafiada pela irmã, então averá uma disputa que decidirá o domínio do matriarcado." (p. 45)

E Elaine e Dinah fazem essa disputa. Uma luta epopeica... de tirar o fôlego!!!

Os fatos que seguem não posso descrever. Leiam o livro!! Se não, perde a graça.
O enredo é repleto de seres fantásticos... (não gostei muito da presença de um lobisomem e um vampiro - me lembrou "Crepúsculo", que mesmo pertencendo ao meu estilo de livro preferido, detesto apelação -, mas no caso deste livro foi aceitável).
O final é inesperado e surpreendente!! Meu coração acelerou lendo os últimos capítulos...

O livro é simples. Uma leitura fluente, mas com uma linguagem rebuscada...
Ysatis fez um jogo de palavras muito bem elaborado. Gostei, apesar de, mesmo com belas palavras, haver umas duas que, em minha opinião, por pertencer a um vocabulário inadequado, poderiam não terem sido escolhidas pelo autor. Mas, claro, quem sou eu para palpitar... A obra é digna de um filme, apesar de não ser muito conhecida (não conheço muitas resenhas sobre ela).

Tenho certeza que você vai gostar!!


Diário da Sibila Rubra
(Trilogia do Leão - 2)
Autor: Kizzy Ysatis
Editora: Novo Século
Ano: 2008
Páginas: 261


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Kizzy Ysatis é o nome artístico utilizado por Cristiano de Oliveira Marinho, um escritor brasileiro. Em 2005, seu romance de estreia, O Clube dos Imortais, ganhou o prêmio Rachel de Queiroz na categoria Melhor Romance concedido pela União Brasileira de Escritores (UBE-RJ) em cerimônia na Academia Brasileira de Letras (ABL), fato que o tornou o único escritor no Brasil a ganhar um prêmio com um livro sobre vampiros. Recebeu o prêmio de Honra ao Mérito no Concurso Internacional de Literatura da UBE pelo romance O Mistério do Rio das Rosas Brancas. O Clube dos Imortais é o Livro 1 da Trilogia Leão Negro, que narra a trajetória do vampiro Luar em sua busca obcecada por Álvares de Azevedo, numa mescla dos gêneros Literatura Fantástica e Romance Histórico. A saga continua no livro 2 – O Diário da Sibila Rubra, e conclui no livro 3 – A Queda do Vampiro (Previsto para 2013). É coautor de A Tríade, o primeiro romance nacional feito por 4 escritores. Organizou a coletânea de contos Território V.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Só escrever #4 O Mago e a Maturidade



Certo dia, em país muito distante, um Mago contemplava a magia da Maturidade. Uma espécie de caldeirão, onde era realizada a perfeição humana...
O Mago, ao admira-la descobriu valores idealizados para o ser humano entender e reconhecer o emprego da maturidade verdadeira...
Sim, isso é madureza: viver em fases distintas e saber tomar as escolhas corretas... Isso vai além da imaginação e do entendimento humano...
A verdadeira imagem de uma pessoa não é aquela onde a beleza se encontra, e sim, no coração, onde se contempla a idade madura... e sente-se o viver e o andar da vida consciente.
Em um descuido, o Mago acabou por virar o frasco da Ignorância dentro da poção da Perfeição... Surgiu, então, o mundo que conhecemos hoje... e o Mago nunca mais foi visto... Dizem que anda vagando pela Terra, tentando dissolver a ignorância das pessoas... Mas o fato é que desconhecemos a verdade...


Lethicia Nascimento & Sabrina Ellen


    
 Alunas do 7° ano do Instituto Kairós

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Resenha #24 - A Vida em Tons de Cinza (Ruta Sepetys)


É preciso defender o que é certo sem esperar gratidão ou recompensa. (p. 16)

Como falar de um livro que possui tamanha sensibilidade? Assim é A vida em tons de cinza, de Ruta Sepetys, publicado pela Editora Arqueiro. Se você tiver a oportunidade de lê-lo, não perca tempo! Faz um bom tempo que o comprei, porque tinha visto muitos comentários positivos a respeito, mas mesmo assim o deixei por um longo tempo na prateleira. Decidi não iniciar com muita expectativa, mas confesso que toda a narrativa me surpreendeu bastante. Então, vamos ao que interessa...


14 de junho de 1941 - Contexto da integração dos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) à União Soviética

Lina Vilkas é uma garota lituana de 15 anos que até então vivia feliz e tranquilamente com seus pais e seu irmão mais novo, Jonas. Ela tinha o grande sonho de estudar artes. Possuía uma incrível veia artística! No entanto, seus planos são frustrados quando, de modo abrupto, juntamente com a mãe e o irmão, é deportada para um campo de trabalho, na Sibéria. 

Assim como aconteceu com a família de Lina, milhares de pessoas também foram roubadas de suas próprias casas para sofrer nas mãos do exército soviético, acabando sendo vítimas do genocídio causado por Stalin. Seriam escravos e para sobreviver, teriam que trabalhar duramente, ficavam a mercê de maus tratos, humilhações e miséria. Uma luta pela sobrevivência que mostra a crueldade humana e a desvalorização de uma vida.

Vocês algum dia já pensaram em quanto vale a  vida de uma pessoa? Naquela manhã, a vida do meu irmão custou um relógio de bolso. (p. 27)

Lina, através de seus desenhos, procura estabelecer algum contato com seu pai, reitor de uma universidade, que também fora preso. Desejando com todas as suas forças que o mesmo os venha buscar. E ao lado de sua mãe e Jonas, nutrem a esperança de alcançar de volta a vida que tinham, longe de tanta tristeza, presenciando a morte de muitos que foram deixados pelo caminho. 

É uma história impactante que faz com que venhamos pensar em todas aquelas pessoas inocentes que foram dizimadas, acusadas tão injustamente. Difícil não ser chocado com a indiferença de certas pessoas.

Ruta Sepetys fez, sem dúvida, um ótimo trabalho de pesquisa, tomando o relato de sobreviventes e através disso, criou uma história comovente, fácil de se ler, mas difícil de aceitar, pois sabemos que a mesma está presente na nossa realidade, na nossa história, que muitas vezes é esquecida. 

Destaco como ponto interessante o fato das pessoas deportadas se ajudarem tanto na carência de vestimentas para se protegerem do frio, como nos alimentos e de forças para continuarem, esperando com dignidade um novo horizonte, que traga paz e amor.

Bom, acho melhor parar por aqui, senão corro o risco de soltar spoilers. Mas aqui ficam minhas impressões a respeito de A Vida em Tons de Cinza. Nem preciso dizer que é um livro que recomendo, não é mesmo?! O que vocês acharam? 

Até a próxima!

Sabrina Sousa

Sobre a autora:
Nascida e criada em Michigan, nos Estados Unidos, Ruta Sepetys é filha de um lituano refugiado. Os países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – sumiram do mapa em 1941, anexados pela União Soviética, e só reconquistaram sua independência na década de 1990. Com A vida em tons de cinza, seu primeiro romance, Ruta pôde dar voz às centenas de milhares de pessoas que, de alguma forma, foram atingidas pelo genocídio perpetrado por Stalin. Ruta mora com a família no Tennessee.



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Citar é preciso #3



Do livro "Diário da Sibila Rubra", de Kizzy Yzatis:

"Ainda tens vida! Enquanto tu te lamentas, perdes precioso tempo. Ver o fim com tristeza é jogar fora o pôr-do-sol, o morango, o beijo. Penar penseroso no findar da própria vida é cruel soberba, traz igual tristeza, e tira o gosto das coisas. [...] Tudo aqui já se achava antes mesmo de ser inventado. [...] Creia-me, aqui só te pertence o tempo. Usa a contento." (p. 244) 

Aproveite o Hoje!! É tempo!! E o tempo é o Agora!! "carpe diem"...

domingo, 21 de outubro de 2012

Decifrando Pela Capa #5 - Primavera


Bom dia, queridos!

O Decifrando Pela Capa de hoje traz um belíssimo tema: Primavera. Que linda estação, não acham? Pena que aqui no Ceará não podemos ser agraciados com esse maravilhoso fenômeno natural, mas isso não quer dizer que não sejamos também admiradores e apreciadores dessa época tão romântica, onde paixões são afloradas juntamente com a simplicidade e delicadeza das flores. E no caso de nós, leitores vorazes, este é um tema bem presente na literatura. Então, que tal conhecer algumas capas que trazem esse toque primaveril?? 



Esse livro deve ser o máximo! Há tempos está na minha listinha de desejados. Alguém aí já leu? Os livros do Marc Levy costumam ser bem comentados. Já assisti algumas vezes o filme estrelado por Mark Ruffalo e Reese Witherpoon, que traz o mesmo título do livro e me encantei. Acredito que o livro não deixe a desejar.


  

Adorei a capa de Deusa da Primavera. Tem um toque muito romântico; A linguagem das flores traz uma sinopse interessante e fiquei curiosa depois de ter lido algumas resenhas a respeito. Não vejo a hora de poder ler também. 


 
  
Que tal esses dois super livros das autoras brasileiras Adriana Brazil e Lu Piras?! Primavera de Cores é o terceiro livro da série Foi assim que te amei, dividida em quatro volumes, cada qual abordando uma estação (Outono de Sonhos, Invernos de Cinzas, Primavera de Cores e Verão de conquistas). Você pode conferir melhor no site www.foiassimqueteamei.com
Adorei essas capas e fico muito feliz por ver que nossas editoras capricham bastante!




Já tenho A Casa das Orquídeas, mas ainda não o li. Estou só aguardando uma boa oportunidade, aliás, são nada mais, nada menos que 560 páginas. Isso mesmo! O livro é enorme, mas creio que vale a pena. E esta capa é sensacional!



Quer apreciar um lindo e delicioso romance? Então, não perca tempo e leia Julieta, da Editora Arqueiro. Além de trazer como cenário a romântica Itália, traz uma uma narrativa de tirar o fôlego. Li e recomendo! 




Encontrei por acaso a capa de Vanessa e Virginia, mas é um livro que me chamou a atenção. É um dos lançamentos de outubro da editora Novo Século; Fisgada faz parte da série A Rainha da Fofoca, da famosíssima Meg Cabot. É uma bela capa. Traz um toque delicado e simples.



Patricia Cabot já é uma autora "cadeira cativa" aqui no Decifrando Pela Capa. haha... Também, com essas capas sensacionais, como não escolhe-las?! Não resisti e tive que incluir Rosa Selvagem às belezas primaveris. Curtiram?




Fiquei encantada com essa livro da renomada escritora Nora Roberts. Dália Azul é o primeiro livro da Trilogia das Flores, publicado pela editora Bertrand Brasil.  



Finalizando, apresento a vocês Acontece a Cada Primavera, de Gary Champman e Catherine Palmer, da editora Mundo Cristão. Esta capa foi uma agradável surpresa. Gostaria muito de ter a oportunidade de lê-lo!


Bom, galera, por hoje é só!
Espero que vocês tenham curtido. Não deixem de comentar, hein?! :)

#Seeya 

Sabrina Sousa

sábado, 20 de outubro de 2012

Conhecendo a "criadora" da poetisa Iúllia Agner

Ser poetisa vai muito mais além do que escrever sobre Amor, Paixões, Sonhos e tudo mais. É algo tão espiritual e sensitivo que fica difícil até para fazer referências. A inspiração parece vir das emoções e todo o jogo de palavras que a poetiza usa não tem outra finalidade senão a de suscitar as próprias emoções dos leitores. 
A poesia é como se fosse uma dedicatória da sensibilidade (poetisa) à sensibilidade (leitor), e nisso só podemos dizer que ela acontece em seu sentido inicial se o leitor sentiu os efeitos das palavras, pois do contrário sua serventia foi nula.
Em poucas palavras tentei dizer o que é ser poetisa, muito embora dizer que sou uma é de uma indignidade e audácia altíssima. Prefiro que as pessoas façam esse conceito, pois mais antes a humildade do que a prepotência. A poetisa fica com vocês, eu apenas gosto de escrever.(risos)
A essência de um poeta é de uma beleza fantástica que na maioria das vezes desconhecemos deste "nosso" potencial. Digo isto porque aos poucos tenho descobrido e explorado o meu.
Uma das minhas "audácias criativas" (além das cartas, que amo) foi a Iúllia Agner, uma das poetisas deste blog. Ela é meu oposto, é atrevida, sedutora, determinada, aventureira, destemida, madura, enfim, é uma mulher sensacional. O que temos em comum é o gosto pelas Letras, Artes, o apreço pela natureza, o gostar de viajar e uma paixão pela língua italiana (inclusive pelos italianos também). 
As pessoas fazem perguntas, como: "A Iúllia não tem um pouco de você?" Tem sim, a Iúllia teve uma infância, uma adolescência, posso dizer que estou nas "fases de transição" dela.
A Iúllia faz, simplesmente, tudo que eu não tenho coragem de fazer, não por eu ter medo, mas porque escolhemos caminhos diferentes a seguir. Ela tem uma vida independente da minha. Os amores que ela faz referência nas poesias  também são casos à parte. Algumas pessoas desconfiam que a apaixonada sou eu, que vivo um romance às escondidas. Que afronta! (risos)
Não, eu, Giulliane, nunca me apaixonei, não que eu me lembre e  se isso aconteceu foi de uma insignificância que não representou nada. A paixão é algo tão "desconsertante" que acho não ser uma boa experiência para mim. Já sou tão distraída, imaginem apaixonada! Apaixonar-me só depois de muitos copos de Coca-cola!(risos). Mas já tive muitas ilusões, o chamado "Amor Platônico" tão intenso quanto o fogo numa palha. A realização desses nunca aconteceram, aqueles homens não eram para mim, eram para a Iúllia, mas ela ainda não existia (ou, já?).
Contudo, tenho uma grande inspiração, uma paixão que já se tornou amor ... um romance que já teve seus ensaios, mas que ainda não se "consumou". Às vezes penso não haver "correspondência", mas é ele que sustenta a minha vida. No facebook eles nomeiam isso de "relacionamento enrolado". Porém, é algo muito mais intenso do que as paixões e cópulas da Iúllia. Contudo, creio que chegamos ao "êxtase", mas por meios diferentes, pois a doação, a entrega, a permissão de se deixar adentrar é a mesma (ou, pelo menos o desejo, no meu caso). Mas eu aposto nesse amor e hei de vivê-lo em plenitude. "O meu Amado será meu e eu serei do meu Amado."
Iúllia Agner depende da minha mão para escrever. Como disse um autor (o qual não lembro o nome) que a mão que escreve é a possuída, logo a minha mão direita é a poetisa (risos). Porém, creio e digo que qualquer pessoa pode escrever, pois a sensibilidade e a técnica é algo que pode ser aprimorado. Todo dom é aperfeiçoado e mesmo aqueles os quais não possuímos merece, ao menos, ser experimentados por nós. Muito embora que os escritos produzidos não cheguem à semelhança dos nossos "ícones de referência" vale à pena a tentativa de esquematizar ideias e emoções num papel. Pois aquilo que não vigora pode servir como aprendizagem e história. Mas, toda história pode virar livro.
É isso, meus caríssimos. Vocês conheceram um pouquinho da poetisa Iúllia Agner e da sua "criadora" dela, Giulliane Gomes. Espero que tenham gostado. A todos os poetas e poetisas, meus parabéns!!
                                                                                           
 Giulliane Gomes

Predestinada



Mas... o que é o Destino?
Somos nós predestinados desde o nascimento?
Por muito acreditei que poderia fazer minha história,
Escrever minhas linhas,
Aproveitar e criar cada momento.

Foi um erro assim pensar...
Pelo menos, por muito tive a ilusão.
O engano de achar que tinha voz,
Que comandava meus movimentos,
Que era dona da minha paixão.

Quando dei por mim e percebi
Que deveria no rio jogar
O livro que em meu poder detinha,
Fui com tudo, fechei os olhos,
E atirei sem ver o que vinha.

Durante uns dias liberta fiquei,
Liberta me senti...
Mas o que faz a vida senão
Abrir meus olhos
Todas as vezes que acho que vivi?

Não sei que ímã, que atração,
Que força é essa que rejeita
Que este livro no rio fique...
E sempre surge, de volta em minhas mãos
Por mais que eu não admita que permaneça...

Não o quero... Já disse... Não o quero!
Mortal que sou, não posso escrever...
Acatar dos deuses o desejo...
Viver a tristeza dessa linha
E uma vida é o que não posso ter...


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Resenha #23 Macunaíma (Mário de Andrade)


¡Hola! ¿Como están, chicos?

Hoje trago uma obra incrivelmente nacional, Macunaíma, de Mário de Andrade.
Para quem já leu, sabe que é AQUELE livro...
Um livro que te faz rir, dar gargalhadas, dor de barriga de tanto achar graça...


Macunaíma, a quem Mário de Andrade se refere como o herói “sem nenhum caráter”, é uma das mais conhecidas personagens da literatura brasileira. Nascido na tribo dos tapanhumas, índios negros do interior da Amazônia, este “herói” desde criança mostra-se rebelde: 

Já na meninice fez coisas de sarapantar. […] O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. (p. 2) 

Seu nascimento já foi, por demais, grotesco. Andrade inicia sua narrativa de uma forma sublime, por assim dizer: “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente” (p. 2). A essas palavras, faz o leitor remeter ao início de outra narrativa: “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte nasceu Iracema” (ALENCAR, Iracema, p. 20). Mas, ao contrário de José de Alencar, que na frase seguinte descreve a heroína como “a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira” (ALENCAR, Iracema, p. 20), Mário de Andrade traz para nós um estranhamento cômico a Macunaíma e a seu nascimento: 

Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. (p. 2).


Esses comentários grotescos e humorísticos ao mesmo tempo, se desenvolvem em toda a narrativa. Cada página da obra é composta por essa extravagante forma de literatura. 

Quando criança, não falava (pois só quando quase completara seis anos, deram água no chocalho para ele beber), mas aprontava por demais: 

No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. […] Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras-feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar. (p. 2). 

Sua forma de crescimento é extraordinariamente estranha: “assim que deitou o curumim nas tiriricas, tajãs e trapoerabas da serrapilheira, ele botou corpo num átimo e ficou um príncipe lindo” (p. 3). E assim foi crescendo, e sempre que saía com a companheira de Jiguê (seu irmão), que era uma espécie de feiticeira, “brincava” (termo utilizado pelo autor para designar uma relação sexual.) com ela e crescia mais: “Quando o botou nos carurus e sororocas da serrapilheira, o pequeno foi crescendo foi crescendo e virou príncipe lindo. […] Nem bem o menino tocou no folhiço e virou num príncipe fogoso” (p. 3-4) até que sua mãe “botou o curumim no campo onde ele podia crescer mais não” (ANDRADE, p. 9). 

Em uma de suas “brincadeiras” com Sofará, o escritor expõe ao leitor cenas extravagantes, grotescas com um tom de antropofagia (canibalismo):

Quando Sofará veio correndo, ele deu com o pau na cabeça dela. Fez uma brecha que a moça caiu torcendo de riso aos pés dele. Puxou-o por uma perna. […] Então a moça abocanhou o dedão do pé dele e engoliu. Macunaíma chorando de alegria tatuou o corpo dela com o sangue do pé. […] porém do galho baixo em riba dele furou o silêncio o miado temível da suçuarana. O herói se estatelou de medo e fechou os olhos pra ser comido sem ver. […] era a moça. Macunaíma principiou atirando pedras nela e quando feria, Sofará gritava de excitação tatuando o corpo dele em baixo com o sangue espirrado. Afinal uma pedra lascou o canto da boca da moça e moeu três dentes. Ela pulou do galho e juque! tombou sentada na barriga do herói que a envolveu com o corpo todo, uivando de prazer. E brincaram mais outra vez. (p. 5). 

Em outra passagem Macunaíma come um pedaço da perna do Curupira: “Cortou carne da perna moqueou e deu pro menino” (p. 10) porém, “o Currupira estava querendo mas era comer o herói” (p. 9) e montou no veado, que é seu cavalo e saiu a gritar: “— Carne de minha perna! carne de minha perna! Lá de dentro da barriga do herói a carne respondeu: — Que foi?” (p. 10). 

Com certa violência conquista Ci, a “mãe do mato” ou “imperatriz dos icamiabas” (tribo formada por índias amazonas): “O herói apanhava. Recebera já um murro de fazer sangue no nariz e um lapo fundo de txara no rabo” (p. 13). Macunaíma passa, após “possuir” Ci, a imperar sobre seu território. 

Ao morrer, Ci deixa de presente a Macunaíma todo o seu império e uma muiraquitã, um amuleto de pedra verde que devia ser incrustrado no lábio inferior. Porém, distraído, acaba por perder a muiraquitã e a maior parte da narrativa, então, passa a discorrer sobre as peripécias de Macunaíma e seus irmãos Jiguê e Manaape, na procura do amuleto, que se encontra em São Paulo, no poder de um gigante chamado Vencelau Pietro Pietra. 

Um traço interessante na obra é que o herói Macunaíma morre. E como já era de se esperar, isso acontece de uma forma bem inverossímil. “Macunaíma agachou com a flecha enterrada no coração […] e Macunaíma já tinha morrido” (p. 31). Mas sua morte não dura muito, pois logo ressuscita.

Mas essa não foi sua única morte, o herói “muito safado e sem caráter” (p. 101) “firmou bem o paralelepípedo e juque! nos toaliquiçus. Caiu morto” (p. 94). Após sua morte, desce do céu uma chuva que refresca a carne do herói, fazendo com que não haja putrefação. 

Mário de Andrade traz em sua obra toda a cultura brasileira. Em tons grotescos, mas bem humorísticos, desperta o interesse e prende a atenção de quem a lê. Seus fatos são absurdos e inverossímeis, uma narrativa que se produz na literatura fantástica, pois carrega o bizarro, o ridículo, ao mesmo tempo em que traz, também, o cômico, o burlesco bem como o extraordinário. 


Para quem se interessa por Arte Cinematográfica, há também o filme, antigo, mas tão engraçado quanto o livro. Porém, prefiro o livro. Prefiro ficar com a minha imaginação das cenas, do que vê-las explicitamente na tela (porque aparecem explicitamente, sim).



Vale à pena ler, com certeza!!!!!!!!
Leria trinta vezes se preciso fosse!!!
Quer "bolar de rir", literalmente?! Leia Macunaíma!!


Uma riqueza para a aquisição de conhecimentos acerca da cultura brasileira, tradições, superstições...  loucuras da nossa gente...
Altamente recomendado para quem anda com resquícios de tristeza....



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Mário de Andrade foi um grande incentivador do resgate à cultura brasileira. Foi um dos autores mais versáteis da literatura brasileira, pois atuou como poeta, ficcionista, crítico, ensaísta, folclorista, músico, fazendo com que viesse a ser a inspiração, o farol a guiar outros escritores modernistas. Mário ligou-se intimamente às pesquisas folclóricas. Buscava nelas o conhecimento do caráter do homem brasileiro, fazendo de suas obras um meio de compromisso social, pois acreditava que a literatura era um instrumento de conscientização da população, e, como bem se espera, de desalinhamento do ser.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Resenha #22 - Bem Mais Perto (Susane Colasanti)


Bem na hora que tento descobrir como resolver o problema, uma pergunta irritante não me deixa em paz. Se era para as coisas mudarem, isso já não deveria ter acontecido? (p. 174)

Bem Mais Perto, da Editora Novo Conceito, traz como protagonista Brooke Greene, uma garota que é completamente apaixonada por Scott Abrams, um garoto que mal a conhece. Ambos estudam na mesma escola e Brooke tem a certeza de que eles foram feitos um para outro. 

Na oportunidade que ela tem de, enfim, encher-se de coragem e declarar todo o seu amor, Scott lhe revela que ele, juntamente com a família, irão se mudar para a cidade de Nova York. E então, o que ela faz? Decide se mudar para lá, morando no apartamento do pai.

Podemos achar totalmente sem sentido as atitudes de Brooke e, em algumas passagens, fiquei meio que irritada com ela por toda essa obsessão por Scott, a quem nem ao menos tinha uma relação de amigo. Nada tira da sua cabeça a convicção de que ela e Scott tenham um lindo e romântico futuro!

Já instalada na cidade que nunca dorme, Brooke e Scott estudam na mesma escola e passam a se conhecer melhor até que ela, depois de algum tempo, finalmente, consegue o que tanto sonha, eles começam a namorar. No entanto, o relacionamento não vai de acordo com o que ela sempre sonhou e a partir daí, surpresas vão acontecendo na sua vida.

Brooke é uma garota super inteligente e que possui um grande talento, mas não é o tipo de pessoa que  sabe  valorizar todo o seu potencial. Para que isso ocorra, é preciso que outras pessoas comecem a surgir na sua vida, passando a interferir consideravelmente, abrindo os seus olhos para a realidade. Será que aquilo que ela mais queria era realmente importante? Será que tudo aquilo que ela criticava não poderia ser utilizado a seu favor? São esses tipos de dúvidas que permeiam sua mente.

Brooke também convive com grandes problemas na família, seus pais são separados. Em Nova York, ela vive praticamente sozinha. Seu pai, por conta do trabalho, está sempre ausente e a relação com a mãe não é das melhores. Distante também da melhor amiga, ela precisa dar um rumo na vida. A preocupação com os estudos e qual faculdade escolher, é um dos temas principais no livro e nesta questão podemos tirar muitas lições, o que destaco como um dos pontos positivos da história. 

O livro traz uma narrativa leve e rápida e ficamos encantados com as descrições da maravilhosa cidade de Nova York, da agitação e correria no dia-a-dia das pessoas, enfim. Agora, acho que a autora poderia omitir certos personagens que tiveram começo, mas não fim, ou seja, não sabemos qual o destino que tomaram e isso deixa que venhamos terminar o livro com algumas dúvidas. No geral, é uma boa leitura, uma história que apresenta desilusões, mas também um recomeço.

Até a próxima!

Sabrina Sousa


Sobre a autora Susane Colasanti:
É Bacharel em Astrofísica pela Universidade da Pensilvânia; possui uma especialização em psicologia; e Mestrado pela Universidade de Nova York em Ciências da Educação.
Antes de se tornar uma autora em tempo integral, foi professora de Ciências no Ensino Médio por quase dez anos.
Site da autora: www.susanecolasanti.com



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Pacto

Tentei resistir, mas as nossas resistências são frustrantes, ou melhor fraquejantes
Sempre terminamos assim:
Você em mim.
Nosso pacto de amor continua
Sempre deixando que os instintos aconteçam
Seja na dor, na alegria ou na tristeza
A espontaneidade deve prevalecer.
E tudo isso aconteceu em instantes
Nosso amor é sempre atuante
No dia, nas noites e independentes das horas
O momento para acontecer é o agora.
O teu amor me é um quarto fechado
Pois tu és a minha música em tom maior,
O estímulo das minhas dilatações, 
O predador da minha santidade
E o causador da minha insanidade.
Ah, esta mania de te amar
às claras e às escondidas,
nos doces sons da travessia
do teu no meu olhar.
Renovo-me ao saber
Que os instintos sempre irão acontecer
Se no meu eu estiver contigo
E no teu tu estiveres comigo
Nosso amor é a candura de um abrigo
Onde, por todo o sempre, quero habitar.

Iúllia Agner

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Citar é preciso #2


De Outono de Sonhos, de Adriana Brazil...

"Meus lábios vacilaram ao sentir os seus. A linha tênue entre meu desejo e meus valores se esvaíram, esqueci-me das indagações, meu sonho estava diante de mim. Senti arrepios por todo o corpo, seu beijo afluía paixão e carinho, esquadrinhando meus lábios de forma sedenta, meu coração foi invadido por uma onda de desejo perene, que o fazia bater descompassado, ele se perdeu no ritmo certo, se houvesse uma música soando, talvez daria a ele um compasso, porém aquela batida era nova, a única que desejava continuar sentindo. Ele se afastou tirando minha imunidade. Como ele beijava bem." (p. 225)

Quem nunca sentiu algo assim?
Como não se envolver em uma leitura como essa?

domingo, 14 de outubro de 2012

Resenha #21 As Crônicas de Nárnia - O sobrinho do Mago (C.S.Lewis)


"O Leão andava de um lado para o outro na terra nua, cantando a nova canção. Era mais suave e ritmada do que a canção com a qual convocara as estrelas e o sol; uma canção doce, sussurrante. À medida que caminhava e cantava, o vale ia ficando verde capim. O capim se espalhava desde onde estava o Leão, como uma força, e subia pelas encostas dos pequenos montes como uma onda. Em poucos minutos deslizava pelas vertentes mais baixas das montanhas distantes, suavizando cada vez mais aquele mundo novo. Podia-se ouvir a brisa encrespando a relva." (p. 59)

As crônicas de Nárnia é uma série composta de sete livros.
A princípio, Lewis havia escrito O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, porém tamanho foi o sucesso e o talento, que escreveu outros seis livros que ficaram conhecidos como As crônicas de Nárnia. 
Repleto de seres fantásticos, em mundo irreal, o livro entrou para o cânone da literatura mundial...

Em O sobrinho do Mago conhecemos a história da criação de Nárnia.
As páginas prendem o leitor de modo que se você não lê o capítulo seguinte, fica a se roer de curiosidade...
É possível rir do começo ao fim... É fantástico! É maravilhoso! É Nárnia!

Digory e Polly são dois amigos loucos por uma aventura... Adentram em uma casa abandonada. O que eles descobrem na verdade, é um túnel que vai dar direto num sótão, que mais parece uma sala de estar, de tão arrumado. Digory morava com o tio que era metido a feiticeiro, mas que de mago só tinha fama. Sua mãe estava muito doente e precisava de cuidados especiais. 

Eles veem em cima de uma mesa, em uma bandeja anéis amarelos e verdes. Quando aparece o tio de Digory e percebem que estão justamente em sua casa. O mago acreditava ter criado um anel que levava a um mundo paralelo. O fato é que ainda não o tinha testado e viu a oportunidade perfeita para o fazer sem sofrer danos físicos...

Tio André (o Mago) ofereceu um anel a Polly... A menina queria o verde, porém ele disse que não. Ele daria era o amarelo. Conseguiu a convencer a tocar o anel, e nesse momento:

"Era tarde demais. Polly já tinha pegado um anel. E imediatamente, sem barulho, sem um clarão, sem nenhum aviso, já não existia Polly. Digory e tio André estavam agora sozinhos na sala." (p. 16)

O menino vai ao encontro de Polly também com um anel. Ao abrir os olhos levou um susto. Tudo estava tão calmo. Parecei estar em cima de uma poça d'água. Era um bosque muito tranquilo. Acreditavam que, se o anel amarelo os fazia chegar ao bosque, talvez o verde os fizesse voltar para casa... E assim procederam tentando voltar, pulando nas poças d'água com os anéis... 

"Não pôde haver dúvida sobre a magia dessa vez. Lá se foram eles aos trambolhões, primeiramente através da escuridão e, depois, através de um turbilhão de formas em movimento, formas que podiam ser quase tudo que se pode imaginar. Foi ficando mais claro. de repente sentiram que estavam em cima de algo sólido." (p. 29)

O livro é encantador. Claro que não vou descrever as cenas. Vocês têm que ler.
A curiosidade sempre nos pega. Digory e Polly encontraram um mundo diferente. Vasculharam e encontraram um encantamento escrito em uma bela pedra:

"Ousado aventureiro, decida de uma vez:
Faça o sino vibrar e aguarde o perigo
Ou acabe louco de tanto pensar:
'Se eu tivesse tocado o que teria acontecido?'"

É claro que Digory não se aguentou e o sino tocou... Na reviravolta conheceram a Feiticeira...
Após alguns diálogos e ameaças da mulher, os meninos tentam voltar para casa com seus anéis. Conseguem. Porém a Feiticeira também...

Aqui, na Terra, Feiticeira conhece Tio André, que acredita ser um grande Mago de nosso mundo. Ele, mais uma vez, vê uma possibilidade de enriquecer ás custas da poderosa mulher, que o trata com todo o desprezo. Ela causa uma grande confusão na cidade...

Na loucura das cenas seguintes um grupo de pessoas viaja para o outro mundo com Polly e Digory: Tio André, a Feiticeira, um cavalo e seu cocheiro, e um pedaço de ferro, arrancado pela feiticeira...

Eles chegam em um mundo estranho e têm o privilégio de assistir a criação de Nárnia...
Várias aventuras acontecem e todos percebem que estão em uma terra mágica. Em uma discussão, a Feiticeira joga o pedaço de ferro, que viera da Terra, com toda a força, ao longe. O ferro, ao cravar no solo, torna-se um lampião (que todos conhecem do livro O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, ou melhor, do filme, já sempre os conhecemos primeiro).

Digory e Polly conhecem Aslan, o Leão de Nárnia. Digory tenta encontrar a cura para a doença de sua mãe. Há uma batalha contra a Feiticeira e seus poderes malignos... 
Os meninos conseguem, finalmente, depois de muito tempo em Nárnia, voltar para casa. Percebem que não se passara sequer um segundo após sua partida, aqui, em nosso mundo.

Digory consegue a cura para a sua mãe através de uma maçã, que trouxe de Nárnia. Sua mãe fica saudável novamente. O menino pega o que sobrou da maçã e planta no quintal. Uma árvore nasce. Não dá frutos milagrosos como em Nárnia, mas frutos muito saborosos. Os melhores da Europa. Mas a magia estava nela guardada. 

Em Nárnia, o poste que a Feiticeira, sem querer o plantou, brilhava noite e dia. Muitos anos depois seria o ponto de orientação de uma menininha que por lá passaria e encontraria um fauno. 

Anos mais tarde, a madeira da árvore de Digory tornar-se-ia um lindo Guarda-roupa... mas isso, é uma outra história... Digory nunca descobriu as propriedades mágicas dessa madeira, outra pessoa, sim.

"Polly e Digory continuaram grandes amigos e encontravam-se quase todas as férias na casa de campo. [...]
Em Nárnia, os bichos viveram em grande tranquilidade: a Feiticeira não apareceu para perturbar a paz, nem nenhum outro inimigo, durante centenas de anos. [...]
 Tio André nunca mais na vida se meteu em feitiçarias. Tinha aprendido sua lição. Com o correr dos anos, passou a ser mais simpático e menos egoísta. [...] 
Foi esse o começo de todas as idas e vindas entre Nárnia e o nosso mundo, que estão contadas em outros livros." (p. 97-98)

Com certeza, As Crônicas de Nárnia, será um livro para que eu ler junto com meus filhos...




________________________
CLIVE STAPLES LEWIS, conhecido como Jack pelos amigos, nasceu na Irlanda, em 1898.
Lewis e seu amigo J.R.R. Tolkien, autor da trilogia O Senhor dos Anéis, faziam parte do Inklings, em um clube informal de escritores que se reuniam num pub local para discutir ideias para as histórias. A fascinação de Lewis por contos de fadas, mitos e lendas antigas, justamente com a inspiração trazida da infância, levaram-no a escrever O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, um dos livros mais apreciados de todos os tempos. Seis outros livros vieram depois e resultaram no popular As Crônicas de Nárnia. A crônica final da série, A última batalha, recebeu a Carnegie Medal, uma das mais altas marcas de excelência da literatura.

sábado, 13 de outubro de 2012

Novo Layout no Blog


E ai, galera...
Pois é... Poetiza o Amor mudou layout e banner.
Espero que tenham gostado...


Antes



Depois 


E ai, curtiram?!
Mais delicado agora...
Mais poético, eu diria...


Beijos envoltos em Poesia...

Resenha #20 Outono de Sonhos, de Adriana Brazil


Outono de Sonhos traz um enredo lindo. Um encanto!
Quem me conhece sabe que meu atrativo não é um romance assim, mas desse gostei, apesar de fazer umas caretas em algumas cenas e diálogos meloso-românticos...
Meu livro é um luxo. Autografado. Amei!


“Dei dois passos em direção a ele. Ao ir me aproximando, meu coração disparou desenfreado, pensei diversas vezes que não conseguiria ir até o fim. Queria fugir com o pavor que descia pelas minhas pernas, estremecendo-as, impedindo-me de caminhar. Nessa luta do meu corpo, consegui dar mais um passo, outro, relutante, a distância entre nós dois parecia não diminuir. Percebendo que certamente não conseguiria me aproximar mais, fiquei ali, mexendo nas mãos, tão nervosa que talvez fosse possível ouvir meu coração batendo.” (p. 157)

A história se passa em Florianópolis – Santa Catarina. Helen é o tipo de garota perfeita. Excelente filha, boa amiga, inteligente, bonita e religiosa... Ingressa na Universidade de Letras e inicia seu curso cheia de entusiasmo. Helen mora com os pais, perto da universidade e trabalha em uma loja de perfumes. Logo no primeiro dia, já faz amizade com Sarah, uma garota que estuda com ela e mora no campus.

Durante as primeiras páginas do livro, nada em especial nos chama a atenção. Helen vive seus dias trabalhando e estudando e se divertindo saudavelmente com seus amigos. Sarah gosta de um rapaz da turma e o mesmo é a fim de Helen. Mas, como uma boa amiga, Helen esclarece a situação tanto para Álex, quanto para sua amiga Sarah.

Tudo ocorria tranquilamente até que lançam uma proposta para Helen. Havia um projeto em uma revista do campus que acabou sendo interrompido por motivos superiores. Semanalmente, uma revista era distribuída e nela, uma coluna, escrita por um aluno, contava a história do “Príncipe e a Plebeia”. Um título bem clichê, a princípio (eu achei), mas uma trama interessante – a história de Yáh e Lia. A circulação da história havia sido interrompida no ápice da narrativa. O escritor, Andrew, sofrera um acidente e nunca mais voltara à Universidade. Helen aceita a proposta e continua essa missão de prosseguir com a história que prendia a atenção de todos. E acaba se dando muito bem, todos adoram ler o que ela escreve.

O que acontece de extraordinário no livro é que Helen se apaixona por Andrew, sem sequer o ver. Ela não  consegue. Apenas o vira por uma foto em que ele está muito distante para ser caracterizado. Todos só falam muito bem dele: que é educado, lindo demais, talentoso... E Helen alimenta essa paixão (coisa de gente louca – eu que o diga – gostar de alguém que não conhece)...

“Sentia meu coração se aquecer quando pensava em Andrew, quando imaginava seu rosto ou pensava numa maneira de encontra-lo. […] quis evitar, porém não evitei muito, estou apaixonada por alguém que não conheço […]” (p. 115.117)

Helen conhece os dois melhores amigos de Andrew que ajudam a concretizar esse amor, convencendo o jovem a conhecê-la. O que torna o livro lindo e intrigante é que, Andrew, após o acidente, adquire um câncer, e perde o desejo de viver. Helen muda sua vida. Mesmo com sua aparência, talvez repugnante, Helen o ama muito mais e o fim da história é que… Só lendo pra saber, né?!

Uma coisa eu não gostei no livro. A visão que se passa sobre o que é o curso de letras. A impressão que se tem é que os estudantes só fazem dissertações, como nas aulas de redação do Ensino Médio. Nada a ver! Não sei se o ensino das faculdades de letras de Santa Catarina é assim, mas estou concluindo o meu curso e sei que não é como o retratado no livro. Mas, bem, cada um com sua visão...

Gostei bastante da história... e acredito que você também se encantará!
A todos uma ótima leitura!!

Outono de Sonhos
Autor: Adriana Brazil
Editora: Novo Século
Ano: 2011
Páginas: 359

_________________
Adriana Brazil nasceu no Rio de janeiro, é casada e tem um filho. Apaixonada por Artes, formou-se em Música na Escola Villa Lobos. Fotografia e pintura fazem parte de seus afetos. Sua paixão pela escrita veio à tona em dezembro de 2009, quando nasceu seu romance, Outono de Sonhos, o primeiro volume da série Foi assim que te amei. Atualmente a autora se dedica a projetos que envolvem o ensino de música e leitura. Um deles em parceria com uma amiga, direcionado para crianças.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Cancionando por aí #1


Segunda-feira iniciamos o "Citar é preciso" que traz um trechinho de um livro que tenhamos ou estejamos lendo... Hoje iniciamos o"Cancionando por aí", que traz fragmentos de canções que marcaram a semana, ou que nos chamam a atenção... Sem explicações... Só sentindo a letra fluir...

Entre a Serpente e a Estrela, de Zé Ramalho...


"E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer

O passado de volta
Num semblante de mulher..."





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